Em minha trajetória acompanhando times de tecnologia, percebi o quanto pequenas mudanças estruturais podem ter impacto gigantesco na entrega dos projetos. O desafio de fazer mais com menos é constante em TI, principalmente num cenário de crescimento tímido como o que vivenciamos no Brasil, segundo estudos trazidos pelo IBRE/FGV e divulgados pelo Valor Econômico, mostrando que a produtividade do trabalho avançou apenas 0,1% em 2024 (produtividade do trabalho no Brasil estagnada). Saber disso me faz querer buscar soluções práticas, testadas e realmente possíveis de aplicar ao dia a dia dos times.
É por isso que hoje vou compartilhar sete estratégias que considero fundamentais para transformar a “rotina corrida” em resultados consistentes, com base tanto em experiência própria quanto em aprendizados do mercado (e também na atuação de projetos como o da Movitera). Muitas dessas dicas são simples, mas acredite, fazem toda diferença no contexto específico do trabalho técnico, onde o tempo é precioso e reverter horas em valor é sempre prioridade.
1. Automação de tarefas: mais tempo para o que importa
Já testemunhei equipes ficarem presas em tarefas repetitivas: reset de senhas, atualização de inventário, abertura de chamados, revisões periódicas… aquela famosa “burocracia digital”. Todo esse ciclo consome energia que poderia ser gasta onde realmente faz diferença.
Automatizar rotinas básicas libera o time para desafios reais e inovação. O movimento de automatizar começa identificando as tarefas repetidas com frequência. Uma vez mapeadas, muitas plataformas modernas, como o ambiente integrado que a Movitera oferece, conseguem centralizar e disparar essas ações automaticamente.
- Reset de senhas automático para usuários e servidores;
- Monitoramento de disponibilidade de serviços e geração de alertas;
- Abertura de tickets por integração com e-mails ou outros sistemas;
- Relatórios recorrentes disparados em horários definidos;
- Processos de aprovação de fornecedores sem intervenção manual.
Já compartilhei mais sobre isso em tarefas de TI para automatizar que geram impacto real. Para mim, o ganho está menos no “fazer mais rápido” e mais no “fazer certo e sem erros”. A automação reduz falhas humanas, melhora o controle e ainda aumenta a satisfação do time, pois ninguém quer passar horas no “automatizável”.
2. Definição e acompanhamento de metas mensuráveis
Refletindo sobre times bem-sucedidos que já conheci, uma diferença marcante era: todos sabiam exatamente o que se esperava deles e o quão perto estavam de chegar lá. Parece óbvio, mas metas vagas, como “melhorar o suporte”, raramente levam a algum lugar.
O segredo está em estabelecer metas específicas, com indicadores claros de avaliação.
“O que não se mede, não se melhora.”
Metas alcançáveis e mensuráveis transformam intenções em ações guiadas. Isso vale para gestão de tickets, implementação de novas rotinas ou redução do tempo de resposta. Por exemplo:
- Reduzir o tempo médio de resolução dos chamados em 15% até dezembro;
- Garantir backup realizado em 100% dos servidores críticos semanalmente;
- Aumentar a automação de tarefas de 3 para 10 processos até o próximo trimestre.
Recomendo revisitar as metas em reuniões rápidas, celebrando avanços e ajustando o curso quando necessário. Indicadores de desempenho de TI são aliados poderosos na hora de transformar a evolução do time em números tangíveis que todos conseguem enxergar e compreender rapidamente.
3. Centralização de sistemas e informações
Quem nunca se perdeu no emaranhado de planilhas, controles paralelos e ferramentas dispersas? Já vi times gastando um tempo absurdo buscando informações espalhadas – seja um fornecedor cadastrado em um software diferente, senhas em anotações ou o status de tickets em múltiplos painéis. Isso mina o ritmo do trabalho.
Ambientes centralizados, como o da própria Movitera, reúnem tudo que os times precisam em um só lugar. Senhas, tickets, contratos, SLA, atividades recorrentes - tudo acessível sem troca constante de sistemas. O impacto rápido que notei é:
- Menos tempo gasto buscando dados em diferentes plataformas;
- Redução do risco de perda de informações e retrabalho;
- Gestores conseguem ter uma visão global da operação;
- A colaboração melhora, pois todos falam a mesma “língua” operacional.
Já detalhei as vantagens de centralizar o gerenciamento de chamados em práticas de gestão de tickets que aceleram respostas. Para mim é simples: ao juntar ferramentas, você ganha clareza e previsibilidade, fatores chave para equipes de tecnologia entregarem mais valor.

4. Comunicação clara e feedback contínuo
Comunicação parece simples, mas quando analiso as raízes de projetos problemáticos, vejo sempre ruídos de informação, expectativas desalinhadas e feedbacks que nunca chegam. Times de tecnologia precisam de clareza para avançar.
Feedback constante e transparente contribui diretamente para um ambiente mais integrado e produtivo. Trago algumas práticas que já me ajudaram:
- Reuniões rápidas diárias para alinhar prioridades (stand-ups curtos, não reuniões longas e dispersas);
- Uso de canais únicos e oficiais para cada tipo de informação (tickets, avisos, solicitações);
- Agenda de feedback formal e informal, sempre construtivo e direto;
- Documentação acessível das decisões tomadas, evitando “achismos”.
Talvez o segredo esteja mais em simplificar a comunicação do que aumentar a quantidade de mensagens. Quando o time sabe onde buscar respostas e sente que pode contribuir sem medo, tudo flui – e os resultados aparecem no cuidado com detalhes e na qualidade final.
Comunicar bem é fazer da produção técnica algo coletivo.
5. Priorização e gestão visual das atividades
Vejo muitos times sobrecarregados porque tudo parece urgente. Porém, a sensação de estar sempre “apagando incêndios” só aumenta o desgaste e leva a entregas de menor valor.
Priorização inteligente ajuda o time a focar no que realmente traz resultado. Uma técnica simples que costumo recomendar é o uso de quadros visuais, físicos ou digitais, para mapear tudo que está em andamento, fila e concluído.
- Mapeamento semanal das tarefas pendentes;
- Separação por nível de urgência, impacto e dependências;
- Revisão periódica de prazos e responsáveis;
- Visualização clara para todos do que está atrasado ou travado.
Com um quadro bem montado, o próprio time começa a entender o fluxo real das demandas e aprende a negociar prazos e prioridades com base em dados. Essa transparência evita desperdício de recursos. Fica claro, por exemplo, se a maioria dos chamados são de ajustes pequenos ou se há desperdício de energia em tarefas que poderiam ser automatizadas.

6. Capacitação constante e aprendizado colaborativo
Uma frase que carrego desde o começo da carreira: “quem não aprende, fica para trás”. Tecnologia muda depressa. O que ontem era suficiente, amanhã pode ser obsoleto. Equipes que crescem em conhecimento entregam soluções melhores e ficam mais satisfeitas no trabalho.
Aprendizado permanente deixa o time mais preparado para desafios e reduz erros que atrasam entregas. Não falo só de cursos caros ou viagens, mas também de iniciativas internas:
- Workshops semanais ou mensais, sempre que um membro aprende algo novo;
- Documentação das soluções mais usadas para rápidas consultas;
- Roda de feedbacks sobre problemas enfrentados, estimulando todos a aprenderem com os erros e acertos dos colegas;
- Participação em comunidades e fóruns para buscar tendências e soluções testadas por outras empresas.
Já vi muitas vezes times “se reinventarem” apenas com pequenas trocas internas, incluindo leitura de materiais sugeridos, testes de novos scripts e até desafios para resolver bugs juntos. Muitos desses movimentos rendem frutos rápidos no dia a dia, pois reduzem o tempo em retrabalho e melhoram a criatividade coletiva.
Sugiro manter um acompanhamento das principais habilidades do time, identificando onde existem lacunas e preparando conteúdos para suprir essas necessidades, seja em gestão de fornecedores, controle de senhas ou abertura de tickets – temas que fazem parte do DNA do trabalho em TI, como abordo também nos conteúdos publicados pela Movitera.
7. Criação de um ambiente colaborativo e processos organizados
Vamos falar de clima organizacional e estrutura. Sabia que as equipes mais engajadas e com processos bem definidos quase sempre superam os desafios mais rápido? Já percebi, na prática, que pequenos ajustes como ambientes abertos para discussão ou revisão periódica de processos faz enorme diferença.
Ambientes colaborativos transformam tarefas complexas em desafios divididos, onde cada um sabe como contribuir. A organização dos processos, por sua vez, dá tranquilidade no dia a dia, pois elimina dúvidas do tipo “quem faz o quê?” ou “onde encontro tal informação?”.
- Criar e divulgar fluxos claros: de concessão de acessos, atendimento a incidentes, aprovação de fornecedores, etc.;
- Manter manuais simplificados e acessíveis para consulta rápida;
- Dar autonomia para que o time resolva situações sem depender sempre do gestor;
- Promover encontros informais para celebrar conquistas e reforçar a união;
- Revisar periodicamente os processos, adaptando-os à realidade do dia a dia.
Detalho várias dessas práticas em conteúdos específicos sobre organização de times de tecnologia. Parece pequeno, mas manter processos em ordem reflete diretamente na agilidade, previsibilidade e até no moral do time.

Medindo resultados: como saber se sua equipe está de fato produzindo melhor?
De nada adianta aplicar várias estratégias se não houver acompanhamento dos efeitos. Uma dúvida comum que recebo é: “como saber se o time realmente melhorou após mudanças?”. Sim, números contam boa parte da história, mas observo que a percepção de satisfação, clima e engajamento dos membros também revela muito.
Os principais indicadores que recomendo para monitoramento em TI:
- Tempo médio de atendimento e resolução de tickets;
- Taxa de reabertura de chamados (retrabalho é sinal de falhas);
- Volume de tarefas concluídas versus planejadas em ciclos semanais ou mensais;
- Assiduidade em capacitações e treinamentos promovidos;
- Índice de satisfação dos stakeholders atendidos pelo time.
Esse ponto já foi aprofundado em artigos sobre acompanhamento de métricas em TI. Concordo plenamente com a máxima: “meça, ajuste, meça novamente”. Entender os números permite agir com foco e abandonar iniciativas que não trazem retorno.

Estratégias na prática: o papel das plataformas para simplificar o dia a dia
Talvez o maior aprendizado ao longo da minha experiência seja perceber como a escolha de uma boa plataforma integrada faz diferença na aplicação de todas essas estratégias. Ao contar com soluções centralizadas, vejo que é muito mais fácil para o gestor de TI implementar controles, medir indicadores e garantir que o time trabalhe de forma coordenada.
A própria Movitera aposta nessa abordagem de integração, reunindo ferramentas para gestão de senhas, fornecedores, tickets e atividades recorrentes. Isso elimina boa parte do trabalho manual e das checagens duplas, deixando todos livres para criar e resolver demandas realmente importantes. Para quem deseja ir além, recomendo aprender mais sobre a organização do help desk interno e eficiência no suporte.
Implementar já é um passo; medir e ajustar é o caminho contínuo.
Conclusão: mudanças aplicáveis e resultados mensuráveis
Se tivesse que resumir tudo o que aprendi: produtividade nos times de TI passa por automação, metas claras, centralização, comunicação, priorização, aprendizado e processos organizados. Não existe fórmula perfeita, mas são esses movimentos que observei destravando equipes de verdade.
Melhorar a produção da sua equipe começa aos poucos, com adaptações reais ao contexto, e se consolida quando o time enxerga valor nas pequenas mudanças. Utilizar uma plataforma integrada, como a Movitera, acelera esse processo e dá suporte sólido para quem busca inovação, qualidade e bem-estar no trabalho.
Quer destravar resultados, simplificar rotinas e promover evolução contínua no seu time de TI? Conheça mais sobre nossas soluções no blog da Movitera e aproveite para transformar sua equipe em referência, sem sair da realidade do dia a dia.
Perguntas frequentes sobre produtividade para times de TI
O que aumenta a produtividade em times de TI?
Times de TI avançam muito quando automatizam tarefas repetitivas, adotam metas claras com indicadores mensuráveis, centralizam ferramentas, investem em comunicação objetiva e promovem capacitação contínua. Além disso, um ambiente colaborativo, com processos organizados e feedbacks constantes, ajuda a eliminar retrabalhos e motivar todos para entregas melhores.
Como medir a produtividade do time de TI?
O acompanhamento deve usar métricas como tempo médio de resolução de chamados, taxa de retrabalho, número de demandas entregues versus planejadas e índice de satisfação dos usuários atendidos. Recomendo a leitura detalhada de indicadores de desempenho para TI para entender como adaptar esses controles à sua realidade.
Quais são as principais barreiras para produtividade?
Entre os grandes entraves estão excesso de tarefas manuais, falta de prioridades claras, comunicação ineficaz e ausência de processos definidos. Outros pontos que costumam travar times de tecnologia são a carência de capacitação e uso de ferramentas dispersas, o que leva a retrabalho e perda de tempo com controles paralelos.
Vale a pena usar ferramentas ágeis em TI?
Na minha visão, ferramentas ágeis são aliadas valiosas porque incentivam entregas rápidas, revisões constantes e priorização real de demandas. Não é necessário adotar modelos complexos, mas incorporar quadros visuais, revisões semanais e ciclos curtos de feedback traz ganhos rápidos para a rotina do time.
Como motivar equipes de TI para produzir mais?
O principal segredo está em criar um ambiente de confiança, dar autonomia e valorizar os avanços individuais e coletivos. Quando o time vê resultado, percebe que aprende no processo e recebe feedbacks construtivos, a motivação surge naturalmente. Investir em integração do grupo, celebração de conquistas e atualizações constantes também faz diferença no engajamento e nos resultados finais.